Nos últimos tempos, temos visto uma verdadeira guerra ideológica e prática entre defensores de posições extremadas: de um lado, aqueles que acreditam que o mercado, dada sua crueldade e desrespeito aos mais fracos, deve ser substituído integralmente pelo Estado, tal como ocorreu com a experiência socialista; de outro, aqueles que defendem a autossuficiência do mercado, que deveria operar sem qualquer regulação estatal.
Os acontecimentos mais recentes, como as crises econômicas que se iniciaram em 2008 e parecem se prolongar até os dias de hoje, põem mais lenha nessa fogueira. Há quem defenda que os ensinamentos de Marx nunca foram tão atuais e que o sistema de mercado se mostra falido atualmente. Em contrapartida, há também aqueles que atribuem tais problemas econômicos à falta de prudência estatal nos gastos, às ineficiências de gestão nos serviços públicos e aos elevados impostos, como parece ocorrer em muitos países da Europa nos dias de hoje.
Será que existe paz possível entre Estado e Mercado? Será que o radicalismo de posições nos levará a algo melhor? A questão é tão complexa que seriam necessários livros ou coletâneas para esgotá-la. Isso, porém, não impede que façamos um ensaio (mesmo que incompleto), baseando-nos o quanto possível em fatos e observações cotidianas, não em ideologias.
Continue lendo e veja mais informações sobre o tema neste artigo do Prof. Alexandre Demetrius Pereira.